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Mostrando postagens de agosto, 2012

O motivo excedeu o machismo

Sem que ninguém saiba, os homens choram. Escondidos ou fingindo eles geram lágrimas. De crocodilo? Pode até ser, mas não deixa de ser lágrima. Outro dia o cara chorou na fila do banco porque não havia conseguido um empréstimo pra construir sua casa. No dia seguinte um deles chorou porque seu time perdeu a partida contra seu principal rival. Chorava porque era um louco, um louco de amor. O rapaz derramava lágrimas porque a mulher tinha perdido o bebê. E o que estava ao seu lado, chorava de alegria porque a namorada havia feito o teste de gravidez e o resultado deu negativo. O senhor de meia idade chorou enterrando sua esposa e por sentir que sua hora também chegaria. O filho de Aparecida sentou no banco da praça e dormiu, aos prantos, pois perdeu o emprego. Aparecida também chorou quando recebeu a notícia, mas é preciso enfatizar que ele chorou mais. Eduardo chorou muito quando viu as luzes do mundo, especificamente as luzes da sala de cirurgia. Desembestou a chorar quando sentiu ...

Caminhada de quinta

Depois da caminhada ao bairro Seminário, ao lado de minha irmã e de minha prima, achei que não aguentaria outra ladeira no mesmo dia. Mas, sabe o que acontece? Quando começo com os exercícios físicos fico numa empolgação fora do normal, mesmo com minhas pernas pedindo pra parar. Uniformizada com a blusa da seleção brasileira minha prima me convidou para ir à caminhada de um dos candidatos a prefeitura de Crato. Como boas “andadeiras” fomos enfrentar mais uma ladeira rumo ao Bairro Pantanal. Nunca tinha ido para tal lugar, mesmo sendo na cidade em que moro. Quando chegamos em frente ao clube, não parava de reclamar: “Tem que subir a ladeira inteira”? Alana me consolava dizendo que não, na primeira esquina nós iríamos dobrar...          Em seguida me desesperei por que lembrei que estava com a camisa da seleção brasileira, a camisa amarela. Amarelo na campanha política da cidade significa o outro candidato, candidato esse que não era o que iríamos ac...

Ivete Sangalo como Maria Machadão

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Espontaneidade e carisma. É assim que Ivete Sangalo dá vida a Maria Machadão. Com um olhar intenso e sotaque característico da personagem e intérprete, o enredo do Bataclã se desenvolve com harmonia. Mesmo com uma personalidade forte que dá segurança as suas quengas, Machadão também tem seu lado Maria. Maria que batalha, Maria que não cruza os braços, Maria que ama. Não é preciso ser “Santa” para ser Maria. É preciso ter história. Atrás de uma figura dura e segura existe um passado que reflete na postura de quem conseguiu sobreviver a uma dura realidade do início do século XX. O amor antigo e ainda aceso pelo o Coronel Ramiro Bastos é o seu passado e presente. Dona de um bordel na década de 20, na pacata Ilhéus, Maria Machadão impõe respeito das quengas e dos coronéis. E por que não dizer das Senhoras da sociedade? O Bataclã de Machadão, ao mesmo tempo em que representa diversão para os homens, também representa a desonra para as mulheres. Dentro daquele cenário, além da di...

Seleção de Guerreiras

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Um espetáculo emocionante. Foi na coragem, na raça e confiança que a Seleção Feminina de Vôlei venceu a partida contra a Rússia nas Olimpíadas de Londres. A pressão que o jogo representava, a lembrança do resultado dos Jogos olímpicos de Atenas e a vontade de conquistar mais um ouro fizeram com que as meninas guerreiras do Brasil se superassem. Superação e tranquilidade definem o jogo que levou o Brasil para a semifinal olímpica.  Sincronia nas jogadas, bolas quase caídas na quadra foram salvas, ataques fortes e alegria a cada ponto conquistado. O Brasil estava concentrado.  Sim, as jogadoras russas não são fáceis, acham o Brasil “um time antipático”. Venceram o primeiro set com dificuldade, um set que a nossa seleção controlou o tempo todo e no final deixou escapar. Mas, o brasileiro já está acostumado com a velha mania dos nossos atletas em querer decidir tudo na última hora. O que mais impressionava era a calma e a serenidade das meninas, serenidade ess...

O extremo que emociona

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       Crônica suave, com simplicidade e imagens incríveis. É assim que se define o Planeta de Extremo do Jornalista Clayton Conservani e de sua equipe. Um intenso trabalho de pesquisa para mostrar lugares e histórias desconhecidas pelo público. O Planeta Extremo vai até onde os sonhos querem ir e não conseguem. O extremo é o planeta!  Planeta desafiado com humildade, revelando a beleza da natureza e de tudo que ecoa sobre ela.        Episódios que emocionam por apresentar uma realidade, que mesmo distante, nos faz refletir como aquilo é possível. Coragem e Desafio. Palavras que definem o bom êxito de Planeta Extremo.  Clayton Conservani aparece como profissional, mas sobretudo como ser humano. Os dois extremos.  A TV aberta ainda oferece opções de qualidade.  A simplicidade está no conteúdo e no texto sem enrolações ou clichês, é a visão do Jornalista mesclado com a emoção de saber que o Planeta Extremo pode ser perigo...