A felicidade só é real quando compartilhada
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Chris McCandless |
Antes mesmo de conhecer a
história de Chris McCandless (Alex
Supertramp) eu já acreditava que a felicidade só pode ser sentida em sua
essência quando compartilhada. Tudo bem que ter momentos sozinhos é importante
para amadurecer nossas perspectivas, costurar pensamentos e promover um
autoconhecimento. Momentos que não ultrapassem às 24 horas do dia durante todos
os dias da semana. Momentos que não sejam transformados em rotina. O total
isolamento fere nossa origem. E é na simplicidade das atitudes que a felicidade
faz morada. Porque o simples é onde está a grandeza da vida. Quando você está
feliz consigo mesmo, um sorriso compartilhado faz toda a diferença.
Por mais que você confirme e
defenda a ideia de que é melhor ficar isolado, há ao menos uma pessoa no mundo
que você queira estar perto. E não falo nem de questão geográfica. O mapa não
separa ninguém. Sabe aquela pessoa que você confia, que você conta tudo, que
está dentro das suas histórias, com quem você compartilhou tantos momentos:
risadas, lágrimas, frio na barriga, discussões? Então, é disso que estou
falando. Não estou dizendo que quem mora sozinho é menos feliz do que quem mora
com uma família de 20 pessoas. Até por que o principal é que você esteja feliz
consigo mesmo e que sua felicidade não dependa de ninguém. Estou falando da importância do contato, da
companhia, da partilha.
No meu caso, por exemplo, não
gosto nem de ir tomar sorvete sozinha, mas se estiver desejando e não tiver
alguém para compartilhar a alegria proporcionada por uma casquinha mista, vou
mesmo assim. Afinal, nasci pregada em
uma única pessoa e o cordão foi cortado com poucas horas de vida. Por mim, levaria
minha mãe para todos os lugares. Mas, não dá! Privacidade né? De toda forma, minha mãe é como uma tatuagem
e acabo levando para todo canto.
Você pode discordar o quanto
quiser, mas eu acredito na ideia de Tom: “é impossível ser feliz sozinho”. Só
acrescentaria a palavra “totalmente” sozinho. Viver na solidão é incoerente com as nossas
necessidades. Agora assim, também compartilho da ideia “antes só do que mal acompanhado”.
Tem gente muito chata no mundo, tem gente que só quer te puxar para o fundo do
poço, mas tem muuuuuuita gente legal também. Então, a dica do dia é: Não
procura nas pessoas a vaidade, o ego, a beleza, a fineza... Não procura nada,
que você encontra... a verdade, a espontaneidade, a beleza de espírito, a luz
que a pessoa emana. Essas pessoas são as que valem a pena compartilhar a
felicidade.
Tem um trecho do livro “Na natureza selvagem” que Alexander
Supertramp relata em suas anotações, enquanto está totalmente sozinho, a
importância de não sentir-se só no mundo: “Às vezes penso que era como se
estivesse armazenado companhia para os momentos em que sabia que não haveria
ninguém por perto”. Ele se divertia quando estava com as pessoas. Por mais que
ele buscasse em sua corajosa jornada viver na companhia da Natureza Selvagem, “sem
o envenenamento da civilização”, ao mesmo tempo, percebeu que isso não bastava.
Porque, meus amigos, a verdadeira felicidade, a real, a possível é aquela que
compartilhamos. Guardar felicidade só pra gente como quem guarda o último
chocolate da caixa no fundo da geladeira é sem graça. Felicidade tem que ser
partilhada, assim, como o amor. E em tempos que vemos e ouvimos tantas notícias
de ódio, tanta maldade, porque não compartilhar amor, felicidade e respeito? Se
unirmos nossas mãos, todo o corpo sorri.
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